Emigração, defesa das culturas e nacionalismo ou universalismo?
Muitas vezes encontrei defensores das culturas nacionais dos emigrantes que me pareceram contribuir para a criação de guetos odiados dos autóctones. Hoje penso que o futuro tenderá sempre cada vez mais para a globalização e universalismo do melhor local. Em resumo penso que:
1- Nem sempre o exagerado proselitismo da própria cultura tem só vantagens: por vezes o culto da cultura de origem contribui para a falta de aculturação ao país onde se vive. Recordo por exemplo que os portugueses na Alemanha são mais bem vistos por se adaptarem mais à cultura e aos costumes do que outros emigrantes de outras culturas que por permanecerem arraigados à cultura dos próprios países de origem se encontram marginalizados onde vivem.
2- O que è imposto pela força ou com pressão psicológica exagerada muitas vezes acaba por ter consequências contraditórias. Um indiano contou-me um pedaço de História “proibida” de Portugal que a ser verdade talvez explique porque hoje os jovens indianos dizem que o pai ou avô falava português: “Afonso de Albuquerque chegou à Índia com 800 homens, queimou os navios em que tinham chegado para lhes mostrar que não poderiam voltar a Portugal nos próximos tempos, mandou matar todos os homens da região e convidou os portugueses a procriarem com as indianas.” Teria sido assim? Se foi talvez ajude a explicar porque hoje não se fala português na Índia.
3- Em cada cultura há elementos que contribuem para a separação e para a união entre os povos. O que è típico de cada cultura pode atrair por ser original ou afastar por ser diferente e prejudicial. Penso que os meios de informação, mais do que exaltar o que è típico, devem educar para a tolerância, mas sobretudo desenvolver os valores de convivência universal. Talvez o “patriotismo” deva ser substituído por “universalismo”.
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