2008-06-05

FAO, fome, os grandes a Roma para matar a fome dos pobres, inteligência, populismo e a lição de uma cigana

Os grandes da Terra, 40 governantes, ministros e políticos de quase 200 países encontram-se a Roma para matar a fome dos pobres. Sendo as elites do mundo mais interessadas a resolver o problema principal dos pobres resultarão as soluções mais inteligentes? Ou um compromisso entre inteligência, populismo e tabus culturais? Ou cada representante de cada país procura a solução mais favorável para os seus eleitores esquecendo os mortos de fome?
Na informação italiana a estrela deste vértice foi o Presidente do Irão a pedir a desaparição de Israel, um jornalista do Irão que não conseguiu entrar por ser famoso pela campanha pela liberdade de expressão, contrário ao presidente do Irão, Lula a defender os biocarburantes, bioenergia, biodiesel e as novas gerações de energia em que uma viagem custa dois mortos de fome. Já há muito tempo que escrevo sobre isto mas não era popular e só agora chega às primeiras páginas e TV.
Já muitos anos atrás eu comecei a escrever um argumento para um filme cómico de sátira preventiva que se poderia chamar “O Profeta do limpa o cu ao guardanapo”. Ao contrário da sátira cómica populista eu tentei fazer uma sátira inteligente preventiva aos problemas do futuro. Se a África, Índia e China passarem a comer carne e gastar papel como Europa e USA desaparecem todas as florestas e não chegam os alimentos. Os problemas globais devem ser enfrentados com políticas inteligentes, éticas e justas globais.
Imagino que mais ano menos ano o petróleo desaparecerá, calcula-se que o urânio para a energia nuclear também desaparecerá em 40 anos e a energia biológica rouba terrenos à produção de alimentos aumentando os mortos de fome. Os alimentos custam 80% de energia para a sua produção. Se desaparece o petróleo e nuclear para a produção de energia e esta passa a ser produzida da agricultura que antes produzia alimentos é evidente que aumentam os mortos de fome.
Berlusconi encontra-se com um pé na FAO e outro no Governo a enfrentar problemas que parecem muito diferentes mas estão relacionados: lixo de Napoli, emigrantes clandestinos e revoltas populares contra os ciganos. O lixo vai para Alemanha, é separado e volta a Itália em forma de energia, matérias primas para a indústria e estrume para agricultura. Se ocupassem os emigrantes, criminosos das prisões e ciganos a separar o lixo e reciclar podia economizar-se muita energia que está na base da produção de alimentos para os que morrem de fome.
Uma cigana contou na TV, (tg1, 2008-06-05, 7.?) que não vivia de roubar, que andava ao lixo, encontrava roupa, lavava-a e vendia-a fazendo €20 ao dia que lhe bastava para viver.
Imagino uma Neo-ONU a promover um comércio global do usado com Internet que produzia economia de energia, bens e serviços. Gasta-se energia no transporte, sobretudo quando é feito por certas empresas privadas que oferecem mais garantia dos correios. Mas se a ONU tivesse ao menos um representante em cada posto de correios para garantir nível de honestidade, controlar e impedir roubos, muitos transportes podiam ser feitos com poucos gastos de energia e garantia.
Imagino que os correios podiam funcionar mais, com mais empregados ou a funcionar dia e noite, se tivessem representantes da ONU a ensinarem a usar Internet, a fazer com Internet em poucos minutos muitas coisas que exigem tempo e deslocações com gastos de energia e tempo enormes.

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