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2012-11-25

Pena de morte, cultura, civilidade ou hipocrisia? (Continuação de “Se Fosse Fácil Era Para os Outros”: terceiro romance de Rui Cardoso Martins

Li grande parte do livro “Se Fosse Fácil Era Para os Outros”, de Rui Cardoso Martins, enquanto atravessava o Canal do Suez e senti-me em dois mundo: fisicamente num mais islâmico e oriental mas com a mente numa viagem pelos USA na fantasia do Rui Cardoso Martins e personagens contraditórias a interpretarem à sua maneira acontecimentos usos e costumes, Wall Street, Ground Zero, o terrorismo com esperança num paraíso de 70 virgens, …
Um dos argumentos deste livro que sempre me causou impressões mais contraditórias e discutíveis é o da pena de morte. Se a matemática não é uma opinião, se certos dados não estão muito errados, parece-me evidente que muitas vezes se podiam salvar 10, 100 ou mais de 1.000 crianças a morrer de fome com os custos de manter em vida um assassino. Muitos fazem mais por salvar um assassino, terrorista ou criminoso do que para salvar milhões de crianças a morrer de fome. Civilidade ou expressão de uma cultura mafiosa?
Extrato de “Se Fosse Fácil Era Para os Outros” de Rui Cardoso Martins:
“– Vão matar um homem. Não devemos perder a oportunidade
de assistir a uma execução na pátria da democracia moderna... Tinham
cartazes:
Must pay, God says
Death justice for murderers
Bye, bye monster!
Tentámos passar para o outro lado, o dos cartazes que se opunham
Not in my name
State killers
Execution is murder
Death to death penalty!
activistas pró-morte, ...
Ouvi ou li algures que no caso em questão é possível haver
erro judicial, que ao fim destes anos as testemunhas se começaram
a desdizer, que não já se lembravam bem da cara dele com
absoluta certeza, (… )
Nem pena de morte têm... Cambada de maricas, a Europa...
Este homem vai ser executado porque matou uma mulher, o marido
dela e a criança para lhes roubar a carteira com 50 dólares.
E confessou tudo... matar uma família por 50 dólares,
condená-lo a 100 anos de prisão já me parece pouco,
é que nem 200 anos, ele devia era fritar na cadeira eléctrica ou
estrebuchar na corda como dantes... quer dizer, naquele instante
fomos, somos uma desgraça ética, acreditávamos e não acreditávamos
na pena capital, é tão fácil estar a favor da morte por uns segundos,
que bem sabe dizer viva a morte uma vez sem exemplo...
Fomos a pátria e o centro de uma das maiores
aberrações da Humanidade, a escravatura americana. Porque a
escravatura nos Estados Unidos, farol da democracia moderna,
baseou-se numa força que persiste e se calhar nunca acabará, o
racismo. Escravos houve sempre. O Egipto tinha escravos. Atenas
tinha escravos. Roma tinha escravos. Prisioneiros de guerra, rusgas
e saques humanos das províncias distantes, efebos e meninas
para servir as senhoras e senhores em casa, guerreiros treinados
para lutar até à morte no Coliseu, cristãos para dar aos leões, abissínios
e cartagineses para servir de comida a enguias, crocodilos,
tubarões nos tanques, etc., esta se calhar inventei, mas aconteceram
coisas parecidas em Pompeia antes de ser sepultada viva pelo
fogo do Vesúvio... Escravizava-se só pela cor da pele. O branco
dono, o negro escravo. Propriedade do branco.
A raiz da escravatura não era um poder político, social, a conquista
do exército inimigo, era só a crença na superioridade
rácica. Thomas Jefferson, pai da Nação, estadista, relator da independência
que disse que todos os homens são criados iguais e
lamentou o silêncio do céu no dia em que o primeiro navio negreiro
chegou, carregado para as plantações do Sul, teve escravos
no palácio de Monticello e por lá terá deixado mulatinhos.
George Washington não usava dentaduras de madeira, como se
diz. Teve vários tipos de dentes postiços. Os melhores que o primeiro
presidente norte-americano usou eram mecanismos metálicos
de mola rústica, para abrir e fechar a boca. Ali, incrustados
como diamantes, estavam dos melhores dentes brancos dos seus
escravos negros (só os libertou depois da sua morte, em testamento).
Washington comia o almoço com dentes escravos. Até o
velho capitão Abraham Lincoln, o mais sábio e justo dos homens,
que lançou a guerra para acabar com a escravatura, e tentou
mesmo entender, democraticamente, o ponto de vista dos sulistas
ao acreditarem que Deus queria aquilo e o direito à escravatura
estaria na Constituição, mas não estava, como ele provou, o
presidente que fez as contas e, na sua época, um em cada seis habitantes
dos Estados Unidos era escravo, até Lincoln disse várias
vezes haver uma diferença física entre as raças negra e branca, ...
Tratava-nos como aos seus cães de caça. Às vezes não nos tratava tão bem como tratava os cães.
(...)
A acrobacia moral necessária para se ser cristão
os homens são todos iguais – e esclavagista ao mesmo tempo.
A maneira mais simples era negar humanidade aos negros. Quando
um escravo fugia era caçado com cães, como se faz aos coelhos...” - Extrato de “Se Fosse Fácil Era Para os Outros” de Rui Cardoso Martins. Continuação de: É do conhecimento

2007-12-20

Ética Maquiavélica Mafiosa e Néo-Futuro-GloCal


É evidente que muitas vezes custa mais salvar e manter em segurança um único assassino ou terrorista perigoso do que salvar 1.000 crianças inocentes de morrerem de fome. É evidente que custaria menos salvar 6 milhões de crianças de morrer de fome do salvar e manter em segurança 6 mil perigosos assassinos, terroristas ou mafiosos incorrigíveis. Mas para muitos italianos a moratória contra a pena de morte foi a maior vitória do governo Prodi e de Italia. Vitóri ou vergonha de uma civilidade mafiosa que dá prioridade a salvar um assassino mafioso condenado à morte nos USA em vez de dar prioridade a salvar 1.000 inocentes?
Na Itália, onde a mafia domina mais na política e cultura, o governo está em primeira linha contra a pena de morte. Assim a mafia pode matar a baixo custo, uma média de €3.000 por assassino. Se, na pior das hipóteses, for preso e condenado, tem a probabilidade passar em média 7 anos na prisão mais civil do mundo, com boa alimentação, TV a pagamento e custos de saúde 2,5 vezes mais da média dos contribuintes.

Uma prisão de grande segurança custa nos USA quase um milhão de dólares por cada preso. O Dr. Joseph Lam, (www.pbtm.it em italiano), diz que com €50 se pode abrir um poço na Etiópia que pode salvar da sede e fome muitas crianças e respectivas famílias. Um senegalês alimentava a família com a agricultura. Uma bomba de tirar água de um poço no valor de 70€ avariou. Deixou de poder alimentar a família e iniciou uma odisseia para a Europa. Se estes dados não estão muito errados, só com o investimento na prisão para mais um perigoso criminal quantos milhares de crianças se podiam salvar?
No UK um preso custa cerca de €50.000 por ano. Em Itália encontrei dados de custos de um mínimo de 70€ a um máximo de 600€ por dia. Muitos dos piores criminosos com melhores advogados passam muito tempo nos hospitais com falsos atestados médicos, com 24 polícias em 3 turnos para evitarem fugas. Outros fogem dos hospitais, inclusive mais de uma vez, com falsos atestados médicos de paralíticos ou outras fintas doenças em que a fuga parece impossível. Das minhas contas com a média dos custos que encontrei na informação custam cerca de 100.000€ por ano. O Dr. Joseph Lam diz que com €1,5 podemos alimentar uma criança por uma semana na Etiópia onde em 2000 morreram mais de 100.000 pessoas de fome e 80% da população sobrevive com menos de €1,5 por dia. Se estes dados não estão muito errados só com o que custa manter na prisão um perigoso assassino podiam salvar-se de morrer de fome 500 a 1.000 crianças inocentes.
Se estes dados não estão muito errados é evidente que com o que custa criar um novo posto numa prisões e manter dentro um perigoso terrorista ou assassino se podiam salvar milhares de inocentes.
Em Itália é muito mais popular lutar contra a pena de morte de um mafioso assassino nos USA do que por salvar milhões de crianças inocentes. Em minha opinião isto explica-se pelo que eu chamo marxismo cultural mafioso e anti-americanismo comunista. 
Marx enganou-se em muita coisa mas acertou que os modos de produção, o capital, o dinheiro condicionam a política, religião, crenças, ideologias, civilidade e cultura. A mafia é a maior empresa italiana com um facturado anual que um estudo calculou em 90 biliões de euros mas outros calculam o dobro. A mafia condiciona esta cultura e civilidade mafiosa da prioridade contra a pena de morte para poder matar a baixo custo: 3.000€ custa em media um assassino. A faalta da pena de morte e a grande "civilidade" sobretudo com os piores criminosos que podem pagar os melhores advogados, contribui a encontrar assassinos a bom mercado e deter em exclusiva o melhor poder de condicionar a justiça, opinião pública, democracia e econmia.
Um terrorista, assassino do jornalista Walter Tobagi por escrever contra máfia, terrorismo e criminalidade, passou menos de 3 anos na prisão. Imagino que se fosse condenado a uma prisão onde trabalhasse para indemnizar a família e a sociedade e só comesse se colaborasse para a prisão dos cúmplices salvavam milhares de vítimas inocentes.
Se os políticos italianos que se ocuparam contra a pena de morte nos USA se ocupassem de melhores políticas de adopções podiam ser adoptadas milhões de crianças que morrem de fome.
Se a informação que se ocupou de defender a pena de morte fosse orientada contra a criminalidade, pela prevenção, por uma cultura de mais civilidade com as vítimas inocentes do que com criminosos biliões de pessoas podiam viver melhor e com menos criminalidade.
Parece-me que a ONU não era muito favorável à moratória contra a pena de morte mas a mobilitação italiana mobilizou primeiro Europa e depois a ONU.
Não sou por uma maior aplicação da pena de morte, mas muito menos pela sua exclusão quando com os custos de um assassino se podem salvara mais de 1.000 inocentes.
Se há milhões de crianças que morrem de fome não seria prioritário para a ONU promover e facilitar a sua adopção?
O pior desta catástrofe humanitária está na facilidade com que se podiam salvar fazendo mais felizes avôs, pais e irmãos. Penso que bastariam outras prioridades e valores da ONU, Papa, Vaticano, Igrejas de todas as religiões, fundações, associações e voluntários...
A prioridade da ONU, em minha opinião, seria promover uma melhor justiça internacional para evitar a condenação à morte de pobres inocentes, por motivos ideológicos ou religiosos.
Somas astronómicas dos impostos dos contribuintes servem para financiar guerras, mafias, corrupção política, maus governos ... Uma melhor justiça internacional da ONU e mais poder político seria o melhor meio de evitar guerras, terrorismo e criminalidade..
Penso que a melhor forma de pacificar o mundo será um forte poder à ONU, com mais poder para se tornar mais eficiente e autoridade moral internacional, união dos mais civis contra todas as formas de violência e tribunais internacionais para resolver os conflictos, com menos tolerância da criminalidade e terrorismo.
Mais neste blog: ONU-W-Gov: http://onu-w-gov.blogspot.com/search?q=pena+de+morte
Mais no blog USA-ONU: USA-ONU, http://usa-onu.blogspot.com/search?q=pena+de+morte
Mais em italiano:
V-Prodi: vittoria o vergogna? Pena di morte o morti di fame? Priorità a salvare assassini o innocenti? permalink , s6m, morte, fame, V-Prodi, vittoria, vergogna, pena di morte, priorità, salvare, assassini, innocenti.