Alguns génios e grandes talentos para certas actividades são um desastres em outras. Há quem diga que Einstein, considerado por muitos o homem mais inteligente do século passado, seria considerado autista tendo em conta certas prestações. Helena Seabra conta que o seu filho Miguel tinha problemas de exclusão na escola, era desinteressado, desorganizado e desmotivado antes de descobrir e desenvolver capacidades extra escolares com seus robôs que lhe valeram vários prémios internacionais, (1). A família, Associação Desenvolver o Talento, (ADOT), Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda, ecc., contribuíram a passar da exclusão à inclusão, desenvolver outras capacidades e tornar-se um orgulho nacional com prémios internacionais.
Este caso inspira-me muitas questões:
A família, escola e voluntariado são fundamentais para descobrir e desenvolver os talentos individuais. É muito importante a colaboração dos pais com os educadores e voluntariado sobretudo quando surgem casos especiais. Imagino que a escola tradicional pode evoluir para desenvolver não só a memória mas sobretudo a criatividade, inteligência e formação da personalidade com valores sociais. Creio que a escola do futuro deve dar prioridade a diversificar o apoio às aptidões individuais. Para armazenar conhecimentos existem os computadores e Internet. Com os tradicionais métodos de avaliação muitos génios e grandes talentos eram dos últimos na escola.
Vícios e virtudes para toda a vida são criados sobretudo antes dos 25 anos. Parece que as capacidade menos exercitadas até aos 25 anos muito dificilmente se desenvolvem depois. Mas será melhor o uso do tempo a exercitá-las todas? Ou mais especialização desde pequenos?
Eu tenho uma teoria a que chamo NAF=Neo-anarquia-futura: liberdade proporcional à responsabilidade. Na medida em que as crianças se mostram responsáveis no emprego do tempo livre pode aumentar-se a liberdade de fazer o que querem. A maior ou menor liberdade pode ser um meio educativo de estimular as melhores prestações.
(1) Jornal “A Guarda”, 09-06-2011, Supl. p2.
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