Em 1968 a Foreign Policy Association publicou o livro: “Até ao ano 2018”, (Toward the year 2018). Muitas das melhores e piores previsões de 13 autores já se realizaram.
A TV foi o meio de comunicação mais influente. A Internet é a grande novidade do presente que não estava prevista na forma actual. A comunicação global das novas tecnologias condicionará a evolução em particular pela facilidade de interagir em tempo real, pela colaboração da criatividade e inteligência colectiva. Neste livro colaboram 13 peritos mas cada um escreve o seu capítulo. Imagino que no futuro será sempre mais fácil e necessária a colaboração colectiva para resolver problemas e inventar soluções para o futuro.
O grande problema do futuro será alimentar o crescente aumento da população. Será importante educar para a separação do lixo e reciclagem.
Imaginei os terrenos incultos junto do hospital da Guarda transformados em hortas e jardim-ecológico-zoológico. Pensava que era uma ideia minha original mas parece que já existiu antes algo semelhante: os restos dos alimentos da cozinha alimentavam porcos e cultivavam legumes ou hortaliças para consumo. Porque desapareceu este aproveitamento ecológico dos restos que agora vão para o lixo aumentar a poluição? O trabalho humano tornou-se caro e rentável só o que se faz com máquinas em grande escala? Mas se no futuro faltar o petróleo e as fontes de energia se tornarem caras? Criou-se uma ideia depreciativa do trabalho manual?
Recordo políticas europeias de proibir comercialização de frutas sem certas medidas, limitações da produção de leite e outros alimentos. Certas laranjas e tangerinas do Algarve com medidas inferiores são das melhores que comi. Com cerca de mil milhões de pessoas a passar fome terão sentido as políticas de restrições de produção de alimentos? Não será possível inventar políticas de ética global para dar trabalho a todos e eliminar mortos de fome? A Internet e novas tecnologias contribuirão a uma evolução de comportamentos e sentimentos de solidariedade global?
Algumas previsões daqueles cientistas parecem hoje ridículas. Mas não tenho a certeza se certas previsões catastróficas não contribuíram para evitá-las pela consciência colectiva do que poderia acontecer.
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