2009-07-18

S6m=salvar 6 milhões de crianças: crimes de certa legalidade, inteligência e populismo

Só em Itália há mais de 50.000 casais que gostariam de adoptar algumas das 6 milhões de crianças que morrem de fome todos os anos. Mas devem pagar entre €10.000 e €20.000 e esperar vários anos. Um casal lamentou-se de ter esperado 5 anos para receber um deficiente com prioridade segundo a legislação. Não podiam ao menos dar preferência a salvar os mais saudáveis em vez dos deficientes? Não podiam salvar milhões com adopções gratuitas e imediatas sem a criminal legalidade das dificuldades burocráticas?

Correm na Internet certas informações que não sei se são todas verdadeiras ou algumas fábulas populistas anti-americanas e anti-multinacionais:

 "No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vitimas da Malária que se podia prevenir com um simples mosquiteiro".

Será verdade? O dinheiro das ajudas "humanitárias" para África que termina em genocídios não podia ser canalizado para mosqueteiros? Será verdade que o genocídio de Ruanda em 1994 com quase um milhão de mortos foi feito em parte com armas compradas com as ajudas "humanitárias" da União Europeia? As fábricas de armas têm melhores consulentes junto dos políticos europeus?  

 "No mundo, por ano morrem 2 milhões de crianças com diarreia que se poderia evitar com um simples soro que custa 25 centimos... Sarampo, pneumonia e enfermidades curáveis com vacinas baratas, provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano".

Mas interessará salvá-las de morrerem de diarreia para morrerem de fome?

"Há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das aves …Uma Pandemia! ... Só se falava da terrífica enfermidade das aves... A gripe das aves apenas causou a morte de 250 pessoas, em 10 anos, 25 mortos por ano. A gripe comum, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. A farmacêutica transnacional Roche com o seu famoso Tamiflú  vendeu milhões de doses aos países asiáticos. Ainda que o Tamiflú seja de duvidosa eficácia, o governo britânico comprou
14 milhões de doses para prevenir a sua população. Com a gripe das aves, a Roche e a Relenza, as duas maiores empresas farmacêuticas que vendem os antivirais, obtiveram milhões de dólares de lucro. Antes com os frangos e agora com os porcos. Já não se fala da crise económica nem dos torturados em Guantánamo… A empresa norte-americana Gilead Sciences tem a patente do Tamiflú. O
principal accionista desta empresa é nada menos que um personagem sinistro, Donald Rumsfeld, secretario da defesa de George Bush, artífice da guerra contra Iraque… Os accionistas das farmacêuticas Roche e Relenza estão esfregando as mãos, estão felizes pelas suas vendas novamente milionárias com o duvidoso Tamiflú. A verdadeira pandemia é de lucro, os enormes lucros destes mercenários da saúde... Se a  Organização Mundial de Saúde se preocupa tanto com esta enfermidade, porque não a declara como um problema de saúde pública mundial e autoriza o fabrico de medicamentos genéricos para combatê-la?"

"Prescindir das patentes e genéricos gratuitos a todos os países seria a melhor solução"?

Sobre a aviaria escrevi muito. Mas o pior será o dinheiro para Roche e Relenza? Ou este dinheiro serve para dar trabalho a investigadores que descobrem outros medicamentos e sempre é melhor trabalharem para as multinacionais do que desempregados e a viverem da assistência social?

Parece-me que a grande estupidez deste fenómeno foi a quantidade de carne enterrada quando a costura a mais de 70 graus a tornava saudável e matava o vírus. Quantos milhões de mortos de fome podia salvar com a carne cozida em vez de enterrada?

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