Cada
dois dias deve fazer 10 km de carro à sua segunda casa porque a
caixa do correio fica cheia e pode perder correspondência importante
por não caber dentro ou encontrar a casa assaltada porque a
correspondência a sair da caixa do correio é sinal de que a casa
está vazia.
Imaginemos
as consequências sociais para o futuro do Planeta se este sistema de
consumo se alarga aos novos ricos, aos outros continentes mais
pobres.
Imaginemos
um milhão de pessoas que recebe por dia esta quantidade de papel com
publicidade: Quantas florestas destruídas? Quantos mortos de fome
porque alguns terrenos que podiam produzir alimentos são ocupados
durante 20 ou 30 anos com árvores para pasta de papel?
Esta
publicidade economiza tempo? Ou orienta para a perda de tempo à
procura do produto mais conveniente? Orienta para um melhor consumo?
Para a melhor relação preço-qualidade? Ou com grande probabilidade
de orientar para quem investe mais em melhor qualidade da publicidade
do que do produto?
A
publicidade do futuro com Internet substituirá grande parte desta
publicidade? Com quais vantagens ou desvantagens em tempo, ecologia,
ética social e qualidade de vida? Ou grande parte da publicidade
deve desaparecer para dar lugar a melhor informação e outros
sistemas de orientação do melhor consumo?
Eu
penso que os publicitários e advogados do futuro devem ter em conta
a ética e justiça global se querem ter prestígio e consideração.
Os publicitários milionários ladrões do tempo e os advogados
milionários ao serviço das piores injustiças dos piores mafiosos e
criminosos serão a vergonha da publicidade e da justiça.
A
publicidade persuasiva deve dar lugar à publicidade informativa,
ética e social. Os peritos da publicidade persuasiva devem ter em
conta o tempo e ética social do consumo. Os melhores publicitários
serão missionários de um mundo melhor. As pessoas comprarão os
seus produtos ou produtos que eles publicitarem pela confiança que
merecem. Para isso os melhores publicitários não se vendem a quem
paga mais mas a quem tem os melhores produtos, melhor relação
preço-qualidade ou melhor utilidade social global.
Imagino
a melhor fábrica de mesas para PC que financia uma obra de arte a
estimular ecologia, ética e utilidade social que salva mortos de
fome.
Imagino
que serei recordado como fundador do NEO-surrealismo, um movimento
económico, filosófico, cultural e artístico para um futuro melhor
para todos. Ao contrario de Maquiavel, (Machiavelli em italiano), e
da sua filosofia de certos meios a justificar certos fins locais do
“principado”, certos meios justificam certos fins de utilidade
social global superior.
Todas
as leis locais ou nacionais passam a ter um valor relativo quando são
confrontadas com interesses globais muito superiores para o mais
elementar bom senso de justiça. Por isso eu considero-me um profeta
de uma NEO-anarquia que não quer dizer ausência de leis mas valor
relativo das leis dependentes de melhores hierarquias. Por outras
palavras, grandes juízes em melhores hierarquias da justiça, mais e
melhores magistrados com menos e piores advogados.
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