Lourenço M. Tavares falou no TMG da importância de tudo o que se mete no cérebro. Tudo o que passa pela mente condiciona o resultado do escritor. Aquilo que se escreve é o resultado do que passou anteriormente pelo cérebro.
Muitas vezes consideramos importante o que reforça as nossas ideias e crenças. A ideia mais importante que recordo de quando estudei biologia é a de que todas as faculdades inatas que recebemos hereditariamente dos pais à nascença se desenvolvem pelo uso e se atrofiam se não forem usadas.
Há quem considere a maior falsa crença atribuída erradamente a Einstein de que só usamos 10% das potencialidades do cérebro. Na verdade parece que usamos o cérebro todo para tudo o que fazemos mas com predominância de certas partes. Mesmo quando dormimos o cérebro continua a trabalhar sobre o que passou por ele anteriormente. O único valor que não se pode recuperar é o tempo. Se ocupamos muito tempo com maus programas de TV é natural que as nossas capacidades se desenvolvam nesse sentido. Mas o que é bom ou mau em TV é muito relativo. O mesmo programa pode ser bom em determinado momento para determinada pessoa e mau para a mesma pessoa noutro momento. Lourenço M. Tavares disse que quando está cansado de escrever e precisa de descansar o cérebro o melhor remédio é a TV.
Se hoje inicio a escrever Berlusconi nas buscas de Google aparece logo a sugestão de "Berlusconi Ruby" com mais de 7 milhões de resultados. Quando perguntei a Lourenço M. Tavares o que pensava de Berlusconi respondeu que procurava não pensar nisso. Imagino que neste momento em Portugal pensar em Berlusconi é associado a Ruby. Eu chamo-lhe BBR=banalidade-Berlusconi-Ruby. Creio que depois de Clinton-Monica Lewinsky, é a mais ridícula banalidade com mais injustas e piores consequências mundiais. Será uns dos fenómenos que ficará na história da justiça e da informação na política: web-política, e-política, e-gouvernment, TV-democracia, SEO-democracia ou web-democracia. O tempo da informação, justiça, política e voluntariado ocupado com Ruby equivale a milhões de horas e milhões de euros de milhões de pessoas que podiam ser ocupados de outra forma com milhões de consequências diferentes.
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