No dia 16-07-2012, (ZDF, 24 horas), vi
pela primeira vez na TV alemã um documentário idêntico a muitos
que em certo momento eram muito populares nas televisões e toda a
informação italiana: Contradições de todos os presidentes
americanos dos últimos anos que falaram de paz e fizeram guerras,
mortes e danos por culpa das elites contra a vontade do povo. Segundo
este programa a TV e informação americana teria sido manipulada
para aceitar as guerras com muita desinformação. Eu tive a
impressão de que este programa era desinformação demagógica
populista que em certos momentos de maior anti-americanismo se torna
muito popular. Tenho a impressão de que quando a Alemanha estava
dividida , na parte comunista, (DDR ou RDA), predominava na TV o
negativo dos americanos, a destruição de Dresden na Segunda Guerra
Mundial, morte dos indianos no início do Estado Americano, etc. Uma
parte do povo que via secretamente a TV da Alemanha Ocidental
capitalista, (BRD), tinha pelos USA uma grande admiração, passava a
voz de desconfiança da informação comunista oficial e era popular
sobretudo entre certos jovens a imitação americana. Recordo de ver
num quarto de estudantes da DDR em 1983 as paredes cobertas com
recortes de revistas de publicidade da Coca Cola.
Creio que naqueles anos a informação
comunista era mais deformada pela política do que a informação
capitalista Ocidental de que os USA foram protagonistas. Recordo ter
ido à DDR depois de um avião civil ocidental ter sido abatido por
sobrevoar uma nação comunista. Na informação ocidental
predominava a indignação por tantos mortos sem razão ou medo de
espionagem. Na opinião popular da DDR encontrei só pessoas que
concordavam com o abatimento do avião com a justificação de perigo
de espionagem.
Segundo este programa da TV alemã na
Primeira Grande Guerra morreram 10% de civis, na Segunda Guerra
Mundial morreram 50%, no Vietname 70% e no Iraque 90%. Não sei se
estes números são aproximados da realidade. Não tenho dúvidas de
que é pura demagogia populista atribuir as mortos de civis no Iraque
só às chamadas armas inteligentes dos americanos e esquecer os
mortos do terrorismo ou os civis usados como escudos humanos dos
civis para impressionar a informação “humanitária”
anti-americana: é pura demagogia populista comparar o número de
mortos civis nos ataques terroristas do 11/9 com a guerra no Iraque;
é pura demagogia populista dizer que se fez a guerra ao Iraque por
causa das armas de destruição que não existiam. A verdade é que
não foram encontradas durante e depois da guerra o que não quer
dizer que não tenham existido e pudessem ser usadas. Esquecem que
Saddam paga US$ 25.000 às famílias dos terroristas que explodiam
entre “cães infiéis”, como Maomé e certos descendentes
consideram os que não acreditam. Não há duvida que os poços de
petróleo do Iraque financiavam o terrorismo anti-americana e ninguém
pode imaginar as consequências sem aquela guerra. Depois dos ataques
terroristas do 11/9, antes da guerra ao Iraque começar, 94% dos
americanos eram a favor de um ataque imediato. Depois chegaram os
mortos e a percentual mudou. Como sempre em todas as guerras
perdidas, é muito popular e pura demagogia populista atribuir as
culpas ao Presidente e não aos 94% de americanos que queriam a
guerra. Como é pura demagogia populista atribuir o nazismo a Hitler
e não aos 93% dos que o votaram. Hitler era um criminal desconhecido
saído da prisão que em pouco tempo criou adeptos e chegou ao poder.
Penso que é pura demagogia populista atribuir o seu poder aos seus
dotes hipnóticos sobre a população. Creio que os dotes hipnóticos
sobre as massas só funcionam quando se fala aos sentimentos
populares. O ódio aos judeus na Alemanha tem uma longa história.
Creio que o ódio aos judeus foi muitas vezes gerado pela inveja da
sua riqueza, do seu poder económico.
Não existe programa anti-americano sem
mostrar imagens do Vietname. Não conheço guerra mais idealista da
guerra dos americanos no Vietname: Morreram 58.000 soldados
americanos, muitos voltaram com problemas psíquicos, gastaram uma
fortuna para impedir a marcha do comunismo ao interior do
capitalismo. A teoria das elites americanas na política e informação
apelou a uma guerra santa contra o comunismo. Na verdade o Vietname
foi um campo de batalha entre o capitalismo e comunismo. Segundo a
teoria americana, se os comunistas venciam no Vietname seguia-se um
efeito dominó da queda do capitalismo em mãos do comunismo da
Rússia e China. Não sabemos se esta teoria se realizaria sem a
guerra dos americanos no Vietname. Sabemos que o comunismo Russo e
Chinês daquele tempo desapareceu e capitalismo americano venceu. Ao
contrário da crença criado por certa desinformação, os americanos
não perderam a guerra do Vietname. Retiraram-se dois anos antes da
guerra terminar por pressão dos pacifistas. Só perante certa
opinião pública criada de certa informação ou desinformação os
americanos perderam a guerra. Ao máximo perderam uma batalha mas
ganharam a guerra mundial do século passado do capitalismo contra o
comunismo.
Falta saber se foi uma vitória justa
ou injusta. Mas aqui entram em campo valores que nenhuma inteligência
humana tem a capacidade de julgar de forma universal. Só a
inteligência coletiva pode contribuir a julgar melhor o passado e
presente para inventar o futuro. Como sempre defendi, o futuro deve
aproveitar o melhor do comunismo, capitalismo e anarquia para uma
contínua evolução.
Em minha opinião a melhor solução
para as guerras, terrorismo e melhor política global será uma
NEO-anarquia com melhores hierarquias e melhor poder da ONU ou uma
NEO-ONU.
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